08 março 2007
Green Bird

Bom, eu fui menos poético que o Ace. Sempre achei que Freebird tinha muito a ver com uma quebradeira desenfreada em um bar, daquelas onde você bate e apanha como se não houvesse amanhã e conforme o solo vai ficando cada vez mais psicótico, mais cadeiras e dentes vão voando. Quando o Ace veio com o Duende como proposta, percebi a semelhança. O Duende, pra mim, sempre foi um dos mais inconseqüentes dos vilões do Aranha. Nada de grandes destruições mundiais, nada de planos elaborados e intergalácticos, o negócio dele é arrebentar com o Parker. O que me levou a grande tacada dele nesses anos todos de história, a morte da Gwen Stacy, um dos momentos mais sublimes da história do aracnídeo.

Assim, resolvi traduzir toda essa mística da violência que Freebird evoca (pelo menos pra mim), em uma cena que nunca foi mostrada, mas deve ter acontecido entre um quadrinho e outro ali no meio. Ta bom, os nerds ranhentos de plantão podem dizer que ela não estava acordada no processo, mas faz muito mais sentido se ela estiver. Peter consegue ver o Duende se distanciando, o medo nos olhos de sua amada e a risada doentia do vilão ecoando, e um simples gesto mostra que nada disso vai acabar bem. Com o dedo médio em riste o Duende mostra que pra ele aquilo significava apenas uma coisa: um meio de atingir Parker. Foda-se se ele raptara uma namorada, um cachorro um papagaio ou o mais recente prêmio da feira de ciências, não importa, o que importa é o Aranha estar na merda.

Eu quis voltar ao Duende das antigas e não esse novo pós-centenas de cagadas criativas. Quis remeter ao fim da inocência do Aranha, quando uma morte controversa o assolaria pelo resto dos dias.

Até o mês que vem.
Escrito por crazywolf as 8.3.07 | 2 Comentários

Greenyrd Goblynyrd

Fazer o quê?... Vamos nessa! O meu vilão favorito podia estar aqui com um Blue Öyster Cult ou o Genesis, mas não! o CrazyWolf insiste em complicar minha vida!
O Lynyrd Skynyrd, dentre toda aquela safra de bandas sulistas, é o aristocrata do Blues, aquele tipo de banda larger than life antes mesmo de ter acontecido tudo o que aconteceu com eles...Na verdade fico entre eles e o Allman Brothers, mas a banda se fodeu mais e no Blues quem tem mais cicatrizes é rei...
Pra que fique mais claro: o Lynyrd é o Obi Wan Kenobi, o Allman Brothers é o Luke Skywalker e o Black Oak Arkansas é o Han Solo bêbado.
E é essa aura quase sacra que flui do som do Skynyrd que me impediu de associar diretamente qualquer som deles com o Duende, piradamente nefasto. O que fazer? Ligar um dos sons com a antítese do mal: o Peter Parker. Aí fica fácil - Simple Man parece que foi feita sob medida pro rapaz, quase dá pra ver a Tia May cantando a música pro garoto. E é claro que seguir aqueles conselhos não é nada fácil, a vida não é para principiantes e a gente quebra muito a cara por aí. Aliás, acho que se ele tivesse ouvido esse som e seguido à risca, o Tio Ben ainda estaria vivo... É nessas que surge o Duende, pra destruir a vida do Parker, pra torná-la amarga e, apesar de tudo, pra ajudá-lo a amadurecer. Todo mundo tem um Duende Verde na vida (ou mais de um)...

Fiquei na dúvida se fazia um Peter Parker todo careta, bem comportado... olha só, o cara tá ouvindo Lynyrd Skynyrd! Não dá pra curtir um puta Blues desses bebendo Coca-Cola (sorry, Rick...)! Então eu coloquei duas garrafas de Heineken mocozadas atrás da poltrona...pro caso da Tia May entrar de surpresa e pegar seu bebê enchendo a cara. Nobody's perfect...

See you later, alligator!

Escrito por acidografico as 8.3.07 | 1 Comentários

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